Entre as saudades de quem partiu e a vontade de manter os laços, Sandra Felgueiras decidiu fazer diferente este Natal. A jornalista da TVI abriu a casa — e o coração — ao ex-sogro que ia passar a consoada sozinho.

Sandra Felgueiras abriu o coração no Dois às 10 ao falar sobre a forma como vai viver o Natal deste ano, numa época marcada pela ausência de pessoas que partiram, mas também pela vontade de manter viva a essência da família e da união.
A jornalista da TVI explicou que tomou uma decisão especial: abrir as portas da sua casa para um Natal diferente, mas cheio. «Este ano fiz uma coisa… decidi fazer o Natal em minha casa», começou por contar, assumindo que quis evitar que algumas pessoas próximas passassem a quadra sozinhas.
Entre os convidados estão familiares e amigos, num retrato pouco convencional, mas profundamente humano. «Convidei um amigo meu que ia passar o Natal sozinho com as filhas. Convidei os pais do Sérgio, o Sérgio, os meus pais, o meu irmão, a Sara e o meu ex-sogro», revelou.
Sobre este último convite, Sandra fez questão de sublinhar o significado do gesto. «O meu ex-sogro, com quem já não tenho relação há muito tempo, ia passar o Natal sozinho. Ele é o avô da Sara», explicou, acrescentando: «Apesar do meu casamento não ter acabado da melhor maneira, eu sou aquela pessoa que mantém os laços com todos».
Essa filosofia estende-se a toda a família alargada. «Mantenho os laços com as tias da Sara, com a minha enteada. Apesar de o meu ex-marido se ter ido embora viver para o Dubai e para a Arábia Saudita, eu sempre fiz questão que a Inês crescesse connosco e ela faz parte da família», contou.
O objetivo é simples, mas carregado de significado: recriar o espírito dos Natais de antigamente. «Vou ter uma casa cheia, espero eu, com essas pessoas que não substituem as que foram, mas que me dão a sensação dos Natais… espero que este seja assim, dos Natais cheios da casa da minha avó», partilhou, emocionada.
Sandra Felgueiras não esquece quem marcou o seu percurso e a sua identidade. «A minha avó, o meu tio-avô e a tia Aurora são insubstituíveis. Fizeram de mim o que sou», concluiu, num testemunho tocante sobre memória, pertença e a importância de continuar a juntar quem fica.