
Marcelo Rebelo de Sousa foi hospitalizado na segunda-feira, 1 de dezembro, devido a uma hérnia encarcerada. O Presidente da República teve de ser operado de urgência e o procedimento durou cerca de 90 minutos. Entretanto, já teve alta e prestou declarações à imprensa.
Confira o comunicado
“Queria antes de mais agradecer a este hospital, na pessoa da sua presidente, na direção, aos 8.500 trabalhadores, a forma tão competente, tão eficiente, tão dedicada, tão acolhedora como me receberam e trataram. Pude verificar, de facto, como isso é uma prova da excelência do hospital e do Serviço Nacional de Saúde.
Uma vez mais está de parabéns, do ponto de vista do agradecimento do Presidente da República e do cidadão Marcelo Rebelo de Sousa, que aqui se confundem, o doente e o Presidente da República. Não é a primeira vez que recorro em situações mais complicadas nos meus dois mandatos e recorri sempre ao Serviço Nacional de Saúde em diversas unidades.
Hoje agradeço aqui uma intervenção, numa situação que é congénita, é de família, que é o tropismo para hérnias intestinais: já o meu pai tinha, já a minha filha tem, e eu, como sabem, é a quarta hérnia operada e esta inesperadamente, num dia que começou em Lisboa, na celebração do 1º de Dezembro, continuou depois em Amarante, numa cerimónia fúnebre em homenagem ao senhor engenheiro António Mota.
Na vinda para o Porto, naturalmente senti os sintomas que eram um pouco estranhos e difíceis de explicar, mas com a experiência de hérnias, uma hipótese plausível era ser uma hérnia. Nesse sentido, foi uma intervenção muito rápida, muito eficaz, muito decidida desta unidade, a de operar, e ao que dizem com sucesso e eu realmente sinto-me francamente bem a esta distância dos acontecimentos.
Como costumo dizer, até cessar as minhas funções de Presidente, a minha saúde é um bem público. Depois, passa a ser um bem privado. Mas enquanto bem público naturalmente vou acautelar, depois como igualmente em privado, esta experiência de hérnias, que é uma coisa familiar, mas comigo conviveu várias vezes ao longo dos anos.
Sinto-me bem. Como sabem, continuei a trabalhar aqui e aproveitei para promulgar alguns diplomas. Vou agora para Belém.”